Fim de semana passado aqui, para recarregar baterias e namorar, muito, mas muito.
Não há fotos, porque havia demasiada luz por todo o lado e não levámos a câmara de jeito, só telefones. Não ficaram nenhumas decentes para contar a história. Limassol é a verdadeira Capital cosmopolita de Chipre, sendo que Nicósia é a Capital política, mas um bocado pobrezinha de entertenimento e agitação noturna.
Fizémos os 70 quilómetros que separam as duas cidades num tempo recorde para um carro com 45 anos (velhinho, mas ainda para as curvas) - só uma hora! Chegámos a meio da tarde de Sexta, ainda a tempo de marcar o Roku, restaurante japonês, cuja fama de ser o melhor da Ilha tivemos que comprovar em pessoa.
Descansamos até ao jantar e depois lá partimos a pé para uns saketinis e uns caranguejos divinais. A mistura de saké com chá verde foi agradavelmente surpreendente, mas muito perigosa: aquilo até parece que nem tem alcóol, mas depois bate com uma força inesperada. A comida foi uma das melhores experiências sensoriais que tivémos em Chipre, coisa difícil para palatos portugueses, e ainda mais quando se vem de Paris. Aprovado e com distinção.
A noite foi acabada tranquilamente no bar do hotel, com vista para o mediterrâneo com uma luz de lua fantásticas que os vodkas russos melhoraram.
O sábado foi passado a vegetar na piscina, entre Perriers e banhos, com sesta intercalada. Bom programa, portanto.
À noite fomos verificar o andamento da cidade velha, com jantar no Beige, restaurante de um bom gosto irrepreensível. Não sei se gostei mais do ambiente se da comida. Uma festa.
Infelizmente, para estragar a noite, a equipa local, o Apollon, descolou o segundo lugar no campeonato nacional, pondo a cidade ao rubro e a minha cabeça em água com tanta apitadela e tanto foguete. Quer dizer, a coisa é folclórica e tal, mas eu estou velha e tanta confusão já é demais.
Mesmo assim agradeço ao Apollon a sua vice-vitória (é que nem foi o primeiro, mas o fanatismo futebolísco é uma coisa intangível para mim) porque me deu a oportunidade de ver uma das coisas mais estranhas da minha vida: uma família inteira, vestida a perceito e com os cachecóis da praxe, metida num barco atrelado a um jipe (conduzido de certo pela mãe mais envergonhada do mundo) a fazer uma festa como se fossem do Benfica.
A noite acabou de novo no Bar do hotel, onde pelo menos os foguetes não se ouviam (tanto).
A manhã de Domingo revelou-se difícil, pela falta de descanso geral (sim, há partes da história que vos oculto) e fui recuperar no Spa do hotel, onde para além da simpatia extrema e da massagem ainda tive o luxo de ser atendida em português!
E assim se passou um dos fins de semana mais felizes da minha vida. Amanhã lá volto aos armários, que esta Segunda foi para descansar!